Tinha o tamanho de uma dúvida.
Imóvel, ela viu a dúvida crescer.
E as dúvidas quando crescem se tornam inquietação.
E a inquietação pode se tornar desespero ou apenas uma inquietação com momentos de aflição.
Meus momentos de aflição foram poucos, mas existiram.
Fiquei sabendo que ela era estranha.
De estranha, para mim, virou feia, quase venenosa.
Só mesmo um especialista em coisas feias e quase venenosas para retomar a tranquilidade.
E ela continuava lá, pequena como uma dúvida pequena.
Estranha? Que nada!
A médica viu minha sorrateira pinta nas costas e falou que ela não oferecia riscos.
Ela era apenas uma pinta nas costas.
Mas ela era uma pinta nas costas e tinha se tornado uma pinta nas costas e uma dúvida na cabeça.
Com poucos dias ela passou a ser uma pinta nas costas, uma dúvida na cabeça e uma pequena e imprecisa dorzinha.
Se eu não tivesse mostrado a minha quase grande inquietação a quem entende de pintas, a quase grande inquietação teria virado um desespero, uma aflição.
E poucos e longos segundos foram suficientes para que minha quase grande inquietação se transformasse em alívio.
E meu alívio virou humor.
Meu humor apagou minha dúvida e ainda resolveu escreveu umas linhas...
sexta-feira, 7 de junho de 2013
Pai e filho torcedores
A tinta e o papel tentam se entender.
Ela quer ser compreendida e ele apenas escuta, aceita.
O mar, agitado, grita e esperneia.
A areia, passiva, se oferece, compreende.
O dia se divide para que sol e lua brilhem.
O mundo e a vida se fartam de relações.
Algumas relações são passageiras, agradáveis ou não.
Outras são esculpidas no coração.
Marcantes, marcadas.
Me relaciono com meu filho com toda a minha força.
O dia tem mais sentido após ouvir a voz dele.
Busco interesses comuns, afinidades.
Invisto em quantidade e em qualidade.
Quero mais, busco mais, quero melhor.
Deixo a memória vasculhar meu passado e comparo.
Vago entre lembranças de desencontros e confronto com cenas próximas de afinidade, cumplicidade.
Meu filho, meu amigo.
Minhas lembranças não dão conta de momentos como os que vivemos há alguns dias.
Alimentando sonhos, estávamos nós diante do fracasso.
O sorriso largo havia se convertido em palavras soltas arremessadas ao nada.
Repetíamos, ainda que sem fé, o nosso mantra.
O fim estava logo ali e olhávamos tentando não ver.
Como em um filme, mocinho e bandido.
O bandido tinha o poder da decisão.
E não estava em jogo apenas o jogo ou a classificação.
Meus longos papos com meu filho e nosso assunto preferido estava sendo questionado.
Não teríamos mais o que falar sobre aquilo?
Não riríamos mais de nossos heróis?
Cairíamos com a cara no chão da realidade dura?
Nos ampararíamos como pai a filho e sonharíamos novos sonhos?
Esperaríamos, querendo não esperar e sem esperanças, pelo nosso mocinho?
Milagre. Choro. Alívio. Felicidade. Mãos dadas.
Os passos seguintes foram trilhados com afetos e sonhos.
Sonhamos juntos e aceitamos que um clube será eterno em nossa cumplicidade.
Nossa relação, pai e filho, é de amigo e amigo, torcedor e torcedor.
Precisamos um do outro e vivemos juntos nossas euforias.
Naquela noite, aquele herói nos tornou, mais uma vez, um.
O mocinho defendendo pai e filho
Ela quer ser compreendida e ele apenas escuta, aceita.
O mar, agitado, grita e esperneia.
A areia, passiva, se oferece, compreende.
O dia se divide para que sol e lua brilhem.
O mundo e a vida se fartam de relações.
Algumas relações são passageiras, agradáveis ou não.
Outras são esculpidas no coração.
Marcantes, marcadas.
Me relaciono com meu filho com toda a minha força.
O dia tem mais sentido após ouvir a voz dele.
Busco interesses comuns, afinidades.
Invisto em quantidade e em qualidade.
Quero mais, busco mais, quero melhor.
Deixo a memória vasculhar meu passado e comparo.
Vago entre lembranças de desencontros e confronto com cenas próximas de afinidade, cumplicidade.
Meu filho, meu amigo.
Minhas lembranças não dão conta de momentos como os que vivemos há alguns dias.
Alimentando sonhos, estávamos nós diante do fracasso.
O sorriso largo havia se convertido em palavras soltas arremessadas ao nada.
Repetíamos, ainda que sem fé, o nosso mantra.
O fim estava logo ali e olhávamos tentando não ver.
Como em um filme, mocinho e bandido.
O bandido tinha o poder da decisão.
E não estava em jogo apenas o jogo ou a classificação.
Meus longos papos com meu filho e nosso assunto preferido estava sendo questionado.
Não teríamos mais o que falar sobre aquilo?
Não riríamos mais de nossos heróis?
Cairíamos com a cara no chão da realidade dura?
Nos ampararíamos como pai a filho e sonharíamos novos sonhos?
Esperaríamos, querendo não esperar e sem esperanças, pelo nosso mocinho?
Milagre. Choro. Alívio. Felicidade. Mãos dadas.
Os passos seguintes foram trilhados com afetos e sonhos.
Sonhamos juntos e aceitamos que um clube será eterno em nossa cumplicidade.
Nossa relação, pai e filho, é de amigo e amigo, torcedor e torcedor.
Precisamos um do outro e vivemos juntos nossas euforias.
Naquela noite, aquele herói nos tornou, mais uma vez, um.
O mocinho defendendo pai e filho
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